A reunião desta quinta-feira já estava prevista, mas esse será o último encontro antes da renúncia do Papa, no dia 28 de fevereiro. Recebido com aplausos, Bento 16 falou durante 35 minutos de improviso sobre sua experiência do Concílio Vaticano 2 (1962-1965), pedindo que os sacerdotes trabalhassem para "renovar verdadeiramente a Igreja."
Aparentando cansaço e com a voz um pouco rouca, o Papa pediu que a Igreja se esforçasse para dar um sentido espiritual ao Concílio, que recebeu uma conotação política da imprensa na época, e representou um marco para a Igreja Católica. Um dos objetivos do encontro era atualizar práticas consideradas retrógradas na Igreja. Mas para muitos teólogos, as conclusões do Concílio ainda necessitam de uma análise aprofundada. “Continuarei perto de vocês e tenho certeza que vocês estarão próximos de mim’’, disse Bento 16, que vai para um monastério depois da renúncia, a primeira de um Papa em 700 anos.
O Papa interrompeu seu discurso apenas uma vez para beber um pouco de água. Antes da sua demissão, o Bento 16 ainda aparecerá duas vezes em público : neste domingo, da janela do seu apartamento, e se despedirá oficialmente durante uma audiência na praça São Pedro no dia 27. No dia seguinte, ele irá para Castel Gandolfo de helicóptero, pouco depois das 17h.
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