
Eu falava de Sacha Cohen sendo ele mesmo, ele não me surpreendeu mas ele não deixa de ser uma bom ator e seu personagem junto com a mulher interpretada pela atriz Helena Bonham Carter são o tom leve e colorido do filme, sem eles acho que ninguém aguentaria o sofrimento desse filme. Eu já tinha assistido e gostado da versão com Liam Neelson mas achei que naquela faltou a "conversão" de Jean Valjean, já nesta Hugh Jackman me levou às lágrimas.
A fotografia está impecável, o figurino pensado até o detalhe, os cenários que tem a liberdade de serem reais as vezes lembram o palco da Broadway e às vezes crescem à grandiosidade das montanhas francesas, das lágrimas de Fantine ( que Anne Hathaway produziu de verdade) aos dentes manchados de Jean Valjan passando pelas borboletas ao redor de Cossette (Amanda Seyfried) todos os detalhes são pensados e estão lá de propósito.
Sim, mas e a Fé?
É a misericórdia que que salva, transforma e converte as pessoas. Mais do que uma revolução política e uma "liberdade" conquistada pela força, é claramente a misericórdia e o amor que transformam as vidas das pessoas.
A revolução francesa tão exaltada no filme que custou a vida de milhares de religiosos, padres e freiras guilhotinados, simplesmente pelo fato de guardarem os votos que fizeram a Deus, trouxe mais fome e miséria para o povo, extinguiu muitas Ordens religiosas na França, acabou com o ensino religioso no país, apagou uma série de assistências prestadas aos mais necessitados pela Igreja e colocou a "razão" acima de Deus. Sim, houve a declaração dos direitos humanos a qual hoje a Igreja apóia, mas, na época, foi uma negação de Deus em vista do homem.
Neste sentido, o filme perpassa um ponto importante na vida de todo cristão: o trabalho, pelo que "a doutrina social católica não pensa que os sindicatos sejam somente o reflexo de uma estrutura «de classe» da sociedade, como não pensa que eles sejam o expoente de uma luta de classe, que inevitavelmente governe a vida social. Eles são, sim, um expoente da luta pela justiça social, pelos justos direitos dos homens do trabalho segundo as suas diversas profissões. No entanto, esta « luta » deve ser compreendida como um empenhamento normal das pessoas «em prol» do justo bem: no caso, em prol do bem que corresponde às necessidades e aos méritos dos homens do trabalho, associados segundo as suas profissões; mas não é uma luta «contra» os outros.
Posso afirmar, tendo morado quatro anos na França, que até hoje a fé sofre as consequências nefastas dessa revolução que em nome da "liberdade" profanou igrejas, matou pessoas que não tinham nada contra o Estado só pelo fato de serem fiéis a Roma. Graças ao bom Deus, temos inúmeros mártires e São João Maria Vianney (tocado pelo testemunho do seu pároco que permaneceu fiel à Igreja e servia os paroquianos escondido do Estado) como fruto dessa revolução. Acredito que o espectador católico vai conseguir ver o grande abismo de diferença entre o amor que tem poder de mudar as vidas das pessoas e a violência que pode até transformar um cenário político, mas que traz consigo consequências de morte, frustração e cisma.
Sim, mas e a Fé?
É a misericórdia que que salva, transforma e converte as pessoas. Mais do que uma revolução política e uma "liberdade" conquistada pela força, é claramente a misericórdia e o amor que transformam as vidas das pessoas.
A revolução francesa tão exaltada no filme que custou a vida de milhares de religiosos, padres e freiras guilhotinados, simplesmente pelo fato de guardarem os votos que fizeram a Deus, trouxe mais fome e miséria para o povo, extinguiu muitas Ordens religiosas na França, acabou com o ensino religioso no país, apagou uma série de assistências prestadas aos mais necessitados pela Igreja e colocou a "razão" acima de Deus. Sim, houve a declaração dos direitos humanos a qual hoje a Igreja apóia, mas, na época, foi uma negação de Deus em vista do homem.
Neste sentido, o filme perpassa um ponto importante na vida de todo cristão: o trabalho, pelo que "a doutrina social católica não pensa que os sindicatos sejam somente o reflexo de uma estrutura «de classe» da sociedade, como não pensa que eles sejam o expoente de uma luta de classe, que inevitavelmente governe a vida social. Eles são, sim, um expoente da luta pela justiça social, pelos justos direitos dos homens do trabalho segundo as suas diversas profissões. No entanto, esta « luta » deve ser compreendida como um empenhamento normal das pessoas «em prol» do justo bem: no caso, em prol do bem que corresponde às necessidades e aos méritos dos homens do trabalho, associados segundo as suas profissões; mas não é uma luta «contra» os outros.
Se ela assume um carácter de oposição aos outros, nas questões controvertidas, isso sucede por se ter em consideração o bem que é a justiça social, e não por se visar a « luta » pela luta, ou então para eliminar o antagonista. O trabalho tem como sua característica, antes de mais nada, unir os homens entre si; e nisto consiste a sua força social: a força para construir uma comunidade. E no fim de contas, nessa comunidade devem unir-se tanto aqueles que trabalham como aqueles que dispõem dos meios de produção ou que dos mesmos são proprietários. A luz desta estrutura fundamental de todo o trabalho — à luz do fato de que, afinal, o «trabalho» e o «capital» são as componentes indispensáveis do processo de produção em todo e qualquer sistema social — a união dos homens para se assegurarem os direitos que lhes cabem, nascida das exigências do trabalho, permanece um fator construtivo de ordem social e de solidariedade, fator do qual não é possível prescindir." (Carta Encíclica Laborem Exercens, do Bem-aventurado João Paulo II, nº 20).
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