Ser Jovem ser deixar de ser
santo. Que frase mais bela e profunda no entanto muitas vezes mal interpretada
por falta de conhecimento do que é ser jovem e do que é ser santo. Vamos olhar
para os jovens mais recentes como eles encontraram a santidade.
O México era governado por
Plutarco Elias Calles, presidente
tirânico, declaradamente socialista e maçom, que empreendeu em todo o país uma das maiores
perseguições que a Igreja Católica sofreu no século XX. Confiscou todas as
Igrejas, prendeu e matou padres, bispos, frades, freiras dentre muitos outros.
Após tanta perseguição, um grupo de fiéis católicos viu-se obrigado a pegar em
armas para garantir sua sobrevivência. Este conflito ficou conhecido como
Cristiada ou Guerra Cristeira, em homenagem aos soldados cristãos que eram
conhecidos como Cristeros.
Um dia, ao visitar o túmulo do
beato mártir Anacleto González Flores, que havia morrido durante a perseguição
de maneira brutal e impiedosa, José Luiz Sanchez Del Río rezou a Deus, pedindo
para que ele também pudesse morrer pela manutenção de sua Fé. Logo em seguida,
aos 13 anos de idade, foi se apresentar ao General dos cristeiro com as
seguinte palavras:
—O que viste fazer aqui meu
rapaz? Ele respondeu:
—Vim
aqui para morrer por Cristo Rei.
Em fevereiro de 1928, cerca de 1
ano após o seu ingresso no exército cristero, o menino e seus confrades foram
surpreendidos numa emboscada. José Luiz cedeu seu cavalo ao líder da resistência,
sendo capturado pelos sádicos soldados do governo de Plutarco. Na intenção de
fazer com que o menino renunciasse sua fé, descamaram a planta de seus pés até
as nervura e o amarraram em um cavalo, obrigando-o a andar por cerca de
quatorze quilômetros a pé e descalço. Não precisamos aqui dizer o nível de dor
que esta pobre criança sentiu, mesmo assim, nos momentos em que as dores lhes
eram insuportáveis, o menino cheio da Graça Divina Bradava em voz alta e
vigorosa “Viva Cristo Rey e la Virgem de Guadalupe!”
Sem sucesso na tentativa de que
José Luiz abjurasse de sua fé por meio da dor mais causticante e alucinante
possível, os soldados tentaram com intimidá-lo de outra maneira. Ao chegar na
vila em que nascera, para ser executado no dia seguinte, os soldados fizeram
com que a mãe do menino escrevesse-lhe uma carta pedindo para que ele abjurasse
da fé católica, para poder ser solto. José Luiz Sanchez Del Río respondeu assim
ao bilhete de sua mãe:
“Minha
querida mãe: Fui feito prisioneiro em combate neste dia. Creio que nos momentos
atuais vou morrer, mas não importa, nada importa, mãe. Resigna-te à vontade de
Deus; eu morro muito feliz porque no fim de tudo isto, morro ao lado de Nosso
Senhor. Não te aflijas pela minha morte, que é o que me mortifica. Antes, diz
aos meus outros irmãos que sigam o exemplo do mais pequeno, e tu faz a vontade
do nosso Deus. Tem coragem e manda-me a tua bênção juntamente com a de meu pai.
Saúda a todos pela última vez e tu recebe por último o coração do teu filho que
tanto te quer e tanto desejava ver-te antes de morrer”
No dia seguinte, 10 de fevereiro
de 1928, uma sexta-feira, o menino que estava prestes a completar 15 anos
ofereceu sua vida terrena para não perder a vida eterna ao lado de Jesus
Cristo, a quem ele depositou sua fé com bravura e fidelidade.
Outro Jovem é Rolando Rivi.Jovem
seminarista que expressava seu amor por cristo em todo o seu ser: "Estou
estudando para ser padre e a batina é o sinal que eu sou de Jesus”. Após a
II Guerra Mundial a Itália é ocupada pelos partiggiani — movimento armado
marxista de oposição ao fascismo e à ocupação alemã da Itália. Em virtude
disso, no ano de 1944 Rivi e seus colegas seminaristas foram mandados de volta
para casa. Lá, continou estudando, rezando e vivendo como fazia em seu
seminário. Sendo corajoso usando sua batina, apesar da perigosa onda
anti-clerical e até do conselho de seus pais para que deixasse de fazê-lo.
Em 10 de abril de 1945, após a
Santa Missa, facilmente identificável por sua batina, Rolando foi capturado pelos
partiggiani. Permaneceu três dias nas mãos dos carrascos, sendo torturado
física e moralmente. Ao fim, todo ferido, ajoelhou-se para receber dois tiros…
e a palma do martírio.
Mais recente tem o
exemplo de Calos Acutis. Em 12 outubro de 2006, Carlos Acutis tinha 15 anos de idade e sua vida
se apagou por uma agressiva leucemia. O adolescente, oriundo de Milão, comoveu
familiares e amigos ao oferecer todos os sofrimentos de sua enfermidade pela
Igreja e pelo Papa. Carlos era um adolescente de nosso tempo, como muitos
outros. Esforçava-se na escola, entre os amigos, era um grande apaixonado por
computadores. Ao mesmo tempo era um grande amigo de Jesus Cristo, participava
da Eucaristia diariamente e se confiava à Virgem Maria, era devoto do beato
Pier Giorgio Frassati. Depois de sua Primeira Comunhão, nunca faltou à
celebração cotidiana da Santa Missa e da reza do Terço, seguidos de um momento
de Adoração Eucarística.
Com esta
intensa vida espiritual, Carlo viveu plena e generosamente seus quinze anos,
deixando em quem o conheceu um profundo sinal. Era um adolescente especialista
em computadores, lia textos de Engenharia de Informática e deixava a todos
estupefatos, mas este dom o colocava a serviço do voluntariado e o utilizava
para ajudar seus amigos.
Em 12
outubro de 2006, Carlos Acutis tinha 15 anos de idade e sua vida se apagou por
uma agressiva leucemia. O adolescente, oriundo de Milão, comoveu familiares e
amigos quando pouco antes de morrer Carlo ofereceu seus sofrimentos pelo Papa e
pela Igreja. Certamente o heroísmo com a qual confrontou sua enfermidade e sua
morte convenceram a muitos que verdadeiramente era alguém especial. Quando
o doutor que o acompanhava perguntava se sofria muito, Carlo respondeu: ‘Há
gente que sofre muito mais que eu!".
Podemos
concluir que o que cristo falou é a mais pura realidade no evangélio de São
João 8, 32: “ Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Não é atraindo
o jovem com dancinha, pagodinho, cristoteca mas sim apresentando a verdade.
Que
Nossa Senhora interceda pela Juventude e que possamos encontrar o verdadeiro
cristo, o que realmente nos leva para o céu.
Texto Antonio Filho
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