domingo, 19 de maio de 2013

Ser Santo sem deixar de ser jovem


Ser Jovem ser deixar de ser santo. Que frase mais bela e profunda no entanto muitas vezes mal interpretada por falta de conhecimento do que é ser jovem e do que é ser santo. Vamos olhar para os jovens mais recentes como eles encontraram a santidade.
O México era governado por Plutarco Elias Calles,  presidente tirânico, declaradamente socialista e maçom, que  empreendeu em todo o país uma das maiores perseguições que a Igreja Católica sofreu no século XX. Confiscou todas as Igrejas, prendeu e matou padres, bispos, frades, freiras dentre muitos outros. Após tanta perseguição, um grupo de fiéis católicos viu-se obrigado a pegar em armas para garantir sua sobrevivência. Este conflito ficou conhecido como Cristiada ou Guerra Cristeira, em homenagem aos soldados cristãos que eram conhecidos como Cristeros.
Um dia, ao visitar o túmulo do beato mártir Anacleto González Flores, que havia morrido durante a perseguição de maneira brutal e impiedosa, José Luiz Sanchez Del Río rezou a Deus, pedindo para que ele também pudesse morrer pela manutenção de sua Fé. Logo em seguida, aos 13 anos de idade, foi se apresentar ao General dos cristeiro com as seguinte palavras:
—O que viste fazer aqui meu rapaz? Ele respondeu:
—Vim aqui para morrer por Cristo Rei.
Em fevereiro de 1928, cerca de 1 ano após o seu ingresso no exército cristero, o menino e seus confrades foram surpreendidos numa emboscada. José Luiz cedeu seu cavalo ao líder da resistência, sendo capturado pelos sádicos soldados do governo de Plutarco. Na intenção de fazer com que o menino renunciasse sua fé, descamaram a planta de seus pés até as nervura e o amarraram em um cavalo, obrigando-o a andar por cerca de quatorze quilômetros a pé e descalço. Não precisamos aqui dizer o nível de dor que esta pobre criança sentiu, mesmo assim, nos momentos em que as dores lhes eram insuportáveis, o menino cheio da Graça Divina Bradava em voz alta e vigorosa “Viva Cristo Rey e la Virgem de Guadalupe!”
Sem sucesso na tentativa de que José Luiz abjurasse de sua fé por meio da dor mais causticante e alucinante possível, os soldados tentaram com intimidá-lo de outra maneira. Ao chegar na vila em que nascera, para ser executado no dia seguinte, os soldados fizeram com que a mãe do menino escrevesse-lhe uma carta pedindo para que ele abjurasse da fé católica, para poder ser solto. José Luiz Sanchez Del Río respondeu assim ao bilhete de sua mãe:
“Minha querida mãe: Fui feito prisioneiro em combate neste dia. Creio que nos momentos atuais vou morrer, mas não importa, nada importa, mãe. Resigna-te à vontade de Deus; eu morro muito feliz porque no fim de tudo isto, morro ao lado de Nosso Senhor. Não te aflijas pela minha morte, que é o que me mortifica. Antes, diz aos meus outros irmãos que sigam o exemplo do mais pequeno, e tu faz a vontade do nosso Deus. Tem coragem e manda-me a tua bênção juntamente com a de meu pai. Saúda a todos pela última vez e tu recebe por último o coração do teu filho que tanto te quer e tanto desejava ver-te antes de morrer”
No dia seguinte, 10 de fevereiro de 1928, uma sexta-feira, o menino que estava prestes a completar 15 anos ofereceu sua vida terrena para não perder a vida eterna ao lado de Jesus Cristo, a quem ele depositou sua fé com bravura e fidelidade.
Outro Jovem é Rolando Rivi.Jovem seminarista que expressava seu amor por cristo em todo o seu ser:  "Estou estudando para ser padre e a batina é o sinal que eu sou de Jesus”. Após a II Guerra Mundial a Itália é ocupada pelos partiggiani — movimento armado marxista de oposição ao fascismo e à ocupação alemã da Itália. Em virtude disso, no ano de 1944 Rivi e seus colegas seminaristas foram mandados de volta para casa. Lá, continou estudando, rezando e vivendo como fazia em seu seminário. Sendo corajoso usando sua batina, apesar da perigosa onda anti-clerical e até do conselho de seus pais para que deixasse de fazê-lo.
Em 10 de abril de 1945, após a Santa Missa, facilmente identificável por sua batina, Rolando foi capturado pelos partiggiani. Permaneceu três dias nas mãos dos carrascos, sendo torturado física e moralmente. Ao fim, todo ferido, ajoelhou-se para receber dois tiros… e a palma do martírio.
Mais recente tem o exemplo de Calos Acutis.  Em 12 outubro de 2006, Carlos Acutis tinha 15 anos de idade e sua vida se apagou por uma agressiva leucemia. O adolescente, oriundo de Milão, comoveu familiares e amigos ao oferecer todos os sofrimentos de sua enfermidade pela Igreja e pelo Papa. Carlos era um adolescente de nosso tempo, como muitos outros. Esforçava-se na escola, entre os amigos, era um grande apaixonado por computadores. Ao mesmo tempo era um grande amigo de Jesus Cristo, participava da Eucaristia diariamente e se confiava à Virgem Maria, era devoto do beato Pier Giorgio Frassati. Depois de sua Primeira Comunhão, nunca faltou à celebração cotidiana da Santa Missa e da reza do Terço, seguidos de um momento de Adoração Eucarística.
Com esta intensa vida espiritual, Carlo viveu plena e generosamente seus quinze anos, deixando em quem o conheceu um profundo sinal. Era um adolescente especialista em computadores, lia textos de Engenharia de Informática e deixava a todos estupefatos, mas este dom o colocava a serviço do voluntariado e o utilizava para ajudar seus amigos.
Em 12 outubro de 2006, Carlos Acutis tinha 15 anos de idade e sua vida se apagou por uma agressiva leucemia. O adolescente, oriundo de Milão, comoveu familiares e amigos quando pouco antes de morrer Carlo ofereceu seus sofrimentos pelo Papa e pela Igreja. Certamente o heroísmo com a qual confrontou sua enfermidade e sua morte convenceram a muitos que verdadeiramente era alguém especial. Quando o doutor que o acompanhava perguntava se sofria muito, Carlo respondeu: ‘Há gente que sofre muito mais que eu!".
            Podemos concluir que o que cristo falou é a mais pura realidade no evangélio de São João 8, 32: “ Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Não é atraindo o jovem com dancinha, pagodinho, cristoteca mas sim apresentando a verdade.
            Que Nossa Senhora interceda pela Juventude e que possamos encontrar o verdadeiro cristo, o que realmente nos leva para o céu.


Texto Antonio Filho

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